O romance filosófico "Utopia" - criado pelo escritor inglês Thomas Morus no século XVI - retrata um civilização perfeita e idealizada, na qual a engrenagem social é altamente segura e desprovida de conflitos e problemas. Tal obra fictícia, mostra-se distante da realidade brasileira, uma vez que o enfrentamento da divulgação de informações falsas persiste no Brasil. Com isso, emerge um problema sério, em virtude da má influência midiática e falta de denúncia.
Diante do exposto, a má influência que a mídia detém sob as pessoas representa um agravamento para problemática. "Ensaio sobre a cegueira" expõe a invisibilidade de certas questões em sociedade. Nesse sentido , a crítica de Saramago pode ser vista no impacto que as mídias possuem sob os indivíduos, que causa um sentimento de alienação e distanciamento da realidade. Dessa forma, a cegueira da qual o autor enfatiza, deve ser retirada do cenário brasileiro, de forma a preservar o debate e a troca segura de ideias e informações no âmbito social.
Em paralelo, a falta de denúncia representa um entrave quando se pensa na solução. Segundo Djamila Ribeiro, "o silêncio é cúmplice da violência". Tal silêncio está presente na disseminação de notícias falsas, que, como consequência, populariza e normaliza essa prática. Sendo assim, é inevitável que medidas sejam tomadas a fim de reverter essa situação das "fake news".
Fica claro, portanto, a necessidade de ações governamentais e estatais para realizar fiscalizações e suspensões de atividades que, não só incentivam, mas permitem um ambiente confortável para a disseminações falsas afim de aniquilar essa prática. Além disso, a população, como um todo, deve cumprir com seus deveres de cidadão e identificar em conjunto, e denunciar as práticas ilícitas para que os órgãos responsáveis tomem as devidas posturas. Com isso, a garantia de um país socialmente desenvolvido e conectado entre si, se tornará uma realidade e não apenas uma utopia da qual Thomas Morus citou.