O consumismo iniciado a partir da revolução industrial vem causando uma demanda progressivamente mais perigosa e agressiva para o ecossistema global a cada ano. Isso se deve a evolução cada vez mais acelerada da tecnologia, fazendo com que os produtos fiquem obsoletos rapidamente e, consequentemente, aumentando o consumo. Além disso, a cultura de associar bens de consumo com sucesso social fomenta a compra de produtos desnecessários. Sendo assim, faz-se indispensável debater essa problemática levando em conta as consequências para o futuro da humanidade.
Não é novidade que a tecnologia avança com maior velocidade a cada ano, são inúmeros lançamentos, cada um com algo que promete deixar nossa rotina mais fácil, segura ou seja lá o que a propaganda disser. Enquanto isso, a extração de recursos naturais e o descarte dos produtos obsoletos aumenta de forma exponencial, como no documentário “a conspiração da lâmpada” que aborda a questão da obsolescência programada, onde produtos têm sua validade reduzida para aumentar as vendas.
Outro fator importante é ter bens de consumo como parâmetro de sucesso social, um pensamento que já está enraizado na sociedade brasileira, como no recente vídeo postado na internet onde Sofia Cardi Aguiar, de 5 anos, diz que o celular de um chef de cozinha era “de pobre” simplesmente por não ser o mais moderno. O medo de ficar desatualizado e ser taxado de atrasado faz com que as pessoas acabem buscando a troca até mesmo de aparelhos que funcionem perfeitamente apenas para elevar seu status social, ignorando as consequências a longo prazo. Como resultado desse consumo exacerbado temos os grandes lixões a céu aberto e as ilhas de plástico nos oceanos.
Sendo assim, é imprescindível mudar o pensamento consumista das pessoas, a começar pelos jovens e crianças. Para isso, cabe ao ministério da educação promover campanhas educativas nas escolas incentivando o debate sobre o assunto. Além disso, deve-se tentar ao máximo reduzir o consumo excessivo, pois continuar nesse ritmo significa não pensar nas próximas gerações e o ambiente que deixaremos para elas. Para que isso aconteça, cabe ao governo federal, juntamente com as mídias digitais, incentivar o uso de produtos retornáveis através de propagandas e incentivos fiscais, bem como investir em pesquisas que buscam aproveitar os resíduos gerados, criando uma sociedade mais sustentável.