Desde a Revolução Industrial, o mundo enfrentou diversas transformações tecnológicas que aprimoraram a percepção geral sobre o ecossistema e sua preservação. Sem desconsiderar o lapso temporal, percebe-se uma série de adversidades climáticas que afetam principalmente as populações mais vulneráveis. Sendo assim, é imperativo compreender a origem dessa problemática, que abrange a ineficiência governamental e a deseducação ambiental da sociedade.
Em primeira análise, é importante constatar que a ineficiência governamental é um dos principais entraves para combater as crises ecológicas. Conforme a Constituição Brasileira de 1988, é responsabilidade do Poder Público e coletivo garantir o acesso a um ecossistema equilibrado e preservado para a sociedade. Entretanto, tal premissa é quebrada quando considerado a situação atual, dado que diversas famílias têm seus direitos revogados por estarem presenciando anomalias que fogem da natureza intrínseca das suas moradias. Por conseguinte, a partir do momento que o Estado é inerte e negligente, as populações vulneráveis sofrem com a falta de segurança, ao contrário das mais nobres, revelando assim uma desigualdade social camuflada.
Além disso, a educação, em sua maior parte, é inadequada e não trata as mudanças climáticas com a seriedade necessária. Pé um conceito criado por Paulo Freire que define o modelo tradicional de educação como opressivo e que induz os educandos à passividade diante de sua realidade social. Nessa perspectiva, há a carência de uma percepção crítica resultando em uma inércia da população, que, ao priorizar seus próprios problemas e situações distantes, não compreendem a relevância da situação ambiental da sua própria comunidade. Esse cenário é evidente na forma como as escolas abordam o tema, usando exemplos distantes e teóricos que não se aplicam à realidade dos estudantes. Assim, uma base educacional desvinculada da realidade social cria adultos que não se preocupam com as crises climáticas.
Portanto, são necessárias intervenções para mitigar a influência das mudanças climáticas nas populações mais vulneráveis. Para isso, cabe ao Estado - entidade que estrutura a nação - promover ações que reduzam os efeitos climáticos, por meio de leis que gerencie o uso aceitável do ecossistema. A fiscalização deve ser intensificada para garantir o cumprimento dessas leis e sanções severas devem ser aplicadas as empresas que não estejam cumprindo com o regulamento. Paralelamente, deve haver uma reorganização do sistema educacional para incluir uma educação ambiental prática e crítica. Programas escolares devem ser criados que incluam debates para aumentar a percepção crítica dos estudantes. Somente assim o meio ambiente alcançará um estado aceitável e produtivo reduzindo os efeitos das mudanças climáticas e assim, aumentando a consciência ambiental.