Segundo a ambientalista Greta Thunberg, "nossa civilização está sendo sacrificada pelo interesse de um pequeno Grupo de pessoas em continuar recebendo enormes quantias de dinheiro". Tal quadro se faz presente no Brasil de maneira que as cidades enfrentam grandes dificuldades na adaptação à eventos climáticos extremos, pela falta de preparação das mesmas. Entre os principais obstáculos para que essa adaptação seja possível, estão a desigualdade social e a falta de planejamento urbano sustentável.
A princípio, é importante observar que a desigualdade social é uma das maiores problemáticas no que diz respeito à vulnerabilidade. As populações mais necessitadas, comumente localizadas em áreas de risco, são as mais afetadas por esses eventos. Com indivíduos voltados apenas à econômia, o clima acaba sendo afetado, por meio da destruição da diversidade Biológica e da emissão de gases de efeito estufa, acelerando as crises ambientais. Isso faz com que haja perda de produtividade ao trabalhador. No caso do grupo apresentado anteriormente, estes acabam por depender da instituição governamental e o que esta oferece à sobrevivência desse conjunto social, por não possuir estabilidade financeira eficiente. Dessa forma, pela falta de recursos, as comunidades precárias são impedidas de realizar
as adaptações necessárias para o enfrentamento às adversidades climáticas.
Além disso, a falta de planejamento urbano sustentável é um fator crucial para a dificuldade que as cidades brasileiras apresentam. Muitas destas carecem, ainda, de políticas públicas
focadas na adaptação climática. Investimentos em tecnologiasverdes, as quais determinam o desenvolvimento de soluções baseando-se no impacto ambiental que podem oferecer; como sistemas de reutilização de água e maior arborização. Projetos sustentáveis são frequentemente deixados de lado para favorecer a produção capitalista de bens de consumo. Em consequência disso, a ausência de iniciativas para conceber a sustentabilidade tanto aos centros urbanos, como às regiões mais suscetíveis a sofrerem riscos, e mitigar os impactos do clima nos ambientes civilizados, realçam a incapacidade da adaptação aos desastres ambientais.
Fica claro, portanto, que medidas necessitam ser tomadas para solucionar a problemática. Nesse sentido, assim como vege no artigo 255 da Constituição Federal, todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial a
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à população o dever de defendê-lo e preservá-lo para as gerações futuras. Dessa forma, se faz fundamental o envolvimento dos governos federal, estatal e municipal para a elaboração de projetos sustentáveis, bem como políticas públicas, por meio da conscientização e cooperação da população, com o intuito de promover cidades economicamente viáveis, socialmente inclusivas e ecologicamente corretas. Assim, a civilização estará centrada em apropriar-se da economia de maneira a não deixar o meio ambiente escanteado, estando preparada para possíveis desastres no clima e se aplicando na manutenção das dificuldades acarretadas por estes.