A Grécia Antiga, pioneira no que se conhece como Olimpíadas, promovia uma trégua nas guerras e conflitos, a chamada "paz olímpica", no qual os atletas se deslocavam até Olímpia para competir. Porém, quem competia era somente os homens livres e alfabetizados. Contemporaneamente, a camada mais vulnerável da população não tem acesso às práticas esportivas, enfrentando obstáculos no que diz respeito à negligência estatal e à desigualdade social, assim reduzindo a inclusão das pessoas no esporte.
Inicialmente, é válido ressaltar a ineficácia das políticas públicas em relação ao acesso nas práticas esportivas. A Lei do Incentivo ao Esporte (LIE) promove projetos desportivos em todo o território brasileiro, atendendo a crianças, adolescentes e adultos. Por esse viés, vale dizer que a população tem o acesso restrito a esses projetos, uma vez que a realização das atividades sejam feitas em escolas públicas com pouca infraestrutura e em áreas precarizadas, por exemplo. Com isso, o povo fica impossibilitado a praticar quaisquer atividades esportivas, e não há dúvidas de que a inoperância estatal contribui para essa situação.
Outrossim, há de salientar a desigualdade social como entrave para a inclusão do esporte. Segundo com O Globo, pela primeira vez na história, a delegação brasileira contará com cerca de 55% de atletas mulheres nas Olimpíadas de Paris, sendo 153 mulheres e 124 homens. Diante desta conquista, relata-se que ainda existe uma disparidade do espaço que a mulher ocupa no esporte em relação ao homem. Isso fica claro na Copa do Mundo de futebol, enquanto na masculina há uma paralisação das atividades laborais para assistir aos jogos, na feminina isso não existe. Implica-se então, a acentuação da desigualdade social de gênero no âmbito esportivo.
Portanto, conforme a análise, conclui-se que a problemática há de ser solucionada. O governo, com a parceria de ONGs, deve promover de forma abrangente a promoção de projetos de esportes nas escolas e comunidades, por meio de atividades esportivas que garantem o acesso e a inclusão igualitária de todas as pessoas, visando garantir o bom aproveitamento do espaço e das práticas físicas previstas. Assim, o acesso ao esporte será livre para toda a população.