Na obra "Utopia", de Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita e em harmonia, a qual é livre de conflitos e mazelas. Todavia, fora de ficção, a realidade contemporânea está distante disso, haja vista os desafios para enfrentar a desvalorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil. Por certo, a ignorância à cultura tradicional brasileira e a ameaça aos territórios desta comunidade são fatores que favorecem esse quadro.
Percebe-se, a princípio, que o descaso estatal possui uma íntima relação com o revés. Nessa ótica, de acordo com o filósofo John Locke, configura-se como um rompimento do Contrato Social, já que o Estado não cumpre com sua função de garantir que todos desfrutem de seus direitos. Assim, devido à débil ação do poder público e à insuficiência de legislações, os impasses para acabar com o desprovimento de conhecimento geral em questão à um patrimônio cultural, têm crescido cada vez mais no Brasil. Dessa forma, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.
Ressalta-se, ademais, a desarborização de territórios biodiversos, onde se situam comunidades tradicionais como impulsionadora do problema. Nesse contexto, segundo o escritor Ariano Suassuna, o Brasil é dividido em dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos. Sob esse viés, o desmatamento destas terras faz com que crises climáticas ocorram, e que arrepsias e inseguranças sobre a vivência nesse local perdurem. Destarte, é imprescidível que haja mudança.
Infere-se, portanto, a necessidade de combater essa problemática no Brasil. Logo, cabe ao Governo, como Ministério da Educação e ao Ministério do Meio Ambiente, desenvolver leis mais rígidas e projetos sociais, por meio de petições e da criação da campanha "Cultura para todos", a fim de vencer os impasses enfrentados pela população tradicional brasileira e garantir que a cultura seja alastrada, e que haja uma garantia de segurança nas regiões biodiversas no país. Por conseguinte, uma sociedade mais próxima daque é citada em "Utopia" será consolidada.