A Constituição Federal de 1988 assegura a todos os indivíduos o direito à educação. Desse modo, é ilógico observar um país como o Brasil, que espera alcançar o patamar de nação desenvolvida e ainda mantém desafios para a formação educacional de surdos. Esse cenário ocorre, não só em razão à omissão estatal, mas também, devido à predominância da cultura negativa na sociedade.
Nesse contexto, a ausência de professores capacitados em linguagem de libras, atuando nas escolas, potencializa os desafios para a formação educacional de pessoas com problemas auditivos. Segundo o líder espiritual Chico Xavier, quem pode e não ajuda o povo é como se cometesse um crime contra toda sociedade, ou seja, se o estado não cumpre o dever dele, revela-se um processo antagônico. Nesse viés, a falta de políticas públicas eficientes, a exemplo de leis exigindo um professor especializado em língua de sinais em cada escola, podem aumentar os entraves, uma vez que os indivíduos podem-se sentir desleixados pelo estado e consequentemente desistirem dos estudos, assim, aumentando os índices de analfabetismo no Brasil.
Outrossim, a predominância da cultura negativa enraizada na sociedade, corrobora para o crescimento dos estigmas relacionados à dificuldade educacional de surdos. Conforme o físico Albert Einstein, é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito, ou seja, ele deixa evidente a dificuldade em romper com a intolerância. Dessa forma, podemos destacar o preconceito sofrido pelos indivíduos com deficiência auditiva, nas instituições de ensino, sendo julgados como incapazes pelos demais alunos. Com isso, podendo desencadear uma depressão e consequentemente, em alguns casos, tentarem o suicídio.
Por fim, diante dos desafios supramencionados, cabe ao Poder Legislativo criar uma lei exigindo um professor capacitado em libras em cada escola brasileira, a fim de, diminuir o analfabetismo entre as pessoas surdas. Ademais, é dever do Ministério da Educação, por intermédio de campanhas, desenvolver teatros infantis, com o tema preconceito sendo apresentado nas escolas, para erradicar a intolerância desde os primórdios da infância.