O economista britânico Arthur Lewis, afirma que o ensino nunca foi um gasto, mas sim um investimento com retorno garantido. No contexto vigente, observa-se que o conceito do pensadora não se revela cumprido, uma vez que se observa os desafios da educação inclusiva no Brasil. Esse cenário reflete a ignorância coletiva acerca do problema somadas a omissão governamental. Diante disso, é necessário discutir como o desconhecimento factual e o descaso do poder público comprometem uma educação inclusiva no país.
Primeiramente, é fulcral salientar a culpa de parte da população à degradante situação que pessoas com deficiência possuem para viver em sociedade. A filósofa alemã Hannah Arendt, em sua célebre obra "Sociedade do mal", reflete sobre o processo de massificação da sociedade, a qual formou indivíduos incapazes de realizar julgamentos morais, tornando-se alienados que ignoram problemas que atingem grupos minoritários. O conceito da pensadora pode ser relacionado á estigmatização que assolam os deficientes no país, na medida em que, pela falta de debates e informações acerca da realidade dessas pessoas, cria-se um preconceito contra esse grupo e escassas medidas são tomadas para alterar esse panorama. Por conseguinte, em muitos casos, esses cidadãos são tratados como incapazes e, pela falta de discussão, há a banalização do mal sofrido pelos mesmos.
Além disso, é fundamental analisar a omissão governamental na promoção de políticas públicas voltadas a promoção voltadas a educação inclusiva no Brasil. Conforme argumenta o filósofo Maquiavel, o principal objetivo de muitos governantes é a manutenção do poder, o que resulta na priorização de pautas eleitorais em detrimento de ações que promovam o bem comum. Essa lógica explica a ausência de campanhas educativas e de programas de formação para educadores voltados a inclusão educativa, que, por não trazerem retorno político imediato, são negligenciados. Como resultado, a exclusão de deficientes perpetua na rede educacional, sem que medidas concretas sejam adotas para uma verdadeira inclusão.
Portanto, para enfrentar os desafios para inclusão de deficientes nas escolas, medidas precisam ser adquiridas. Acerca disso, o Estado, em parceria ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, deve implementar políticas públicas eficazes. Campanhas midiáticas sobre a importância da inclusão nas escolas devem ser divulgadas de forma massiva. Além disso, é fundamental que programas de formação voltados para portadores de deficiência sejam ofertados pelo Governo. Apenas assim, o solo verde e amarelo será um lugar inclusivo para pessoas com necessidades especiais viverem uma vida plena e inclusiva.