O filósofo, Francis Bacon do século XVIII, criou o método indutivo, o qual parte de um recorte de observações para alcançar uma resposta. Em analogia, no Brasil, enfrentam-se desafios com a formação educacional de surdos, que se configura como uma problemática que também precisa ser analisada para alcançar uma solução. Nesse sentido, é imprescindível enunciar o fator governamental e negligência midiática como pilares fundamentais da temática.

Diante desse cenário, é válido destacar a princípio que o descaso governamental representa um grande obstáculo que impede a afetiva supressão para formação educacional de surdos. Nesse sentido, segundo o jornalista Gilberto Dimenstein, em seu livro "Cidadão de papel", o Brasil é marcado pela não aplicação prática dos mecanismos legais, como a Constituição de 1988, e pela cidadania apenas no campo teórico. Dito isso, pode-se afirmar que ensino educacional não tem sua devida valorização e isso vai ao encontro do cenário posturado pelo jornalista.

Além disso, a negligência midiática configura-se como perpetuador dos desafios para a formação de deficientes auditivos no Brasil. Em consonância a isso, Ο filósofo Foucault defende que, na sociedade pós-moderna, alguns temas são silenciados para que as estruturas de poder sejam mantidas. Sob esse viés, nota-se uma lacuna argumentativa na qual se refere à importância da valorização do ensino de libras, principalmente nas escolas, onde o número de ouvintes seria maior e a busca por direitos sociais também, por exemplo, o respeito e o direito à dignidade. Assim, revisitar esse tema amplamente aumentaria a chance de atuação. A esse respeito, é preciso que as prefeituras, em parceria com as escolas, promovam um espaço para rodas de conversa e debates para elevar o nível de informação da população acerca do ensino de libras para pessoas deficientes auditivas, infelizmente, influência no silenciamento midiático, já que em redes sociais e programas de TV existem poucas informações para elevar o senso crítico dos indivíduos. Consequentemente, muitas pessoas com deficiência auditiva vivem em situações degradantes, por exemplo, com a falta de acessibilidade, o que pode ocasionar principalmente na dificuldade de comunicação.

Logo, O Ministério das Comunicações deve convidar um advogado para organizar uma série de programas televisivos, onde advogados especializados em direitos das pessoas com deficiência e intérpretes de libras discutirão sobre a importância da inclusão educacional de surdos, abordando leis específicas e casos de sucesso em inclusão educacional. À vista disso, o objetivo será ocasionar efeitos que mitiguem os desafios de formação para surdos e somente assim será possível que a sociedade vivencie os princípios de um Estado democrático de direito.