De acordo com Ariano Suassuna, dramaturgo brasileiro, acredita-se que existe uma injustiça no Brasil que divide o país em dois lados, o dos privilegiados e dos desfavorecidos. Onde podemos observar que em ambos os lados o aumento da evasão escolar é gradual, visto que crianças e adolescentes deixam de frequentar a instituição de ensino e interrompem os seus estudos antes de completar o ciclo educacional. Porém, no lado dos desfavorecidos o abandono ao ciclo educacional é gradativamente maior comparado ao lado dos privilegiados.
O lado dos desfavorecidos tem como principal motivo a desigualdade socioeconómica, que se dá, a necessidade de trabalhar para garantir ajuda necessária a sua família, forçando-os a abandonar o ensino escolar antecipadamente. Dados afirmam que 53,4 porcento dos homens e 25,5 porcento das mulheres são obrigados a deixar o ensino médio e fundamental pela necessidade de trabalhar. Devido a isso, o crescimento de crianças e adolescentes com escolaridade incompleta e a falta da alfabetização necessária se propaga a cada dia mais. Assim, pessoas que não conseguem terminar os estudos acabam ocupando posições inferiores e com uma baixa remuneração.
Logo, o trabalho infantil e a necessidade são um dos motivos para o aumento gradativo da evasão escolar no nosso país. No entanto, como garante a Constituição Federal do Brasil, artigo 205, é dever do Estado garantir a educação de qualidade como direito de todos, como também é dever do núcleo familiar garantir a alfabetização da criança.
Portanto, é de tamanha importância que projetos que viabilizam o desenvolvimento, o acolhimento e a permanência do indivíduo nas salas de aulas sejam mais vistos e tenham maior investimento, assim como o "Pé de Meia" que foi criado para auxiliar aqueles que por necessidades precisam trabalhar e não possuem condições para estudar. O governo coloca uma quantia todo o mês, para que não precisem sair das escolas para trabalhar, como rede de apoio.