A constituição federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo 6°, o direito ao emprego digno e honesto como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática quando se observa os impactos da inteligência artificial na sociedade brasileira, dificultando, deste modo, a universalização deste direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro.
Em primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater o extremo desemprego. Segundo o pensador Thomas Hobbes, o estado é responsável por garantir o bem estar da população, entretanto isso não ocorre no Brasil. Devido a falta de atuação do governo, a inteligência artificial segue ocupando o lugar do povo nas devidas áreas de trabalho.
Ademais, é imperativo ressaltar o aumento de furtos que vem sendo monitorado após o surgimento dessas novas tecnologias. De acordo com dados do IBGE, mais de 30% da sociedade vêem o furto como solução após não encontrar vagas no mercado de trabalho. Sendo, então, comum que a população seja inserida no mundo da criminalidade enquanto máquinas ocupam seus lugares, contribuindo para uma perpetuação de um quadro deletério.
Assim, medidas exequíveis são necessárias para conter o avanço da problemática no cenário brasileiro. Dessarte, com o intuito de mitigar os impactos da inteligência artificial necessita-se, urgentemente, que o Tribunal de Contas da União direcione capital que, por intermédio do governo, será revertido em mais áreas no mercado de trabalho, através de novos investimentos e oportunidades para a população. Desse modo, atenuar-se-á, em médio e longo prazo, o impacto nocivo das novas tecnologias, e a coletividade alcançará o previsto na constituição.