Segundo Mark Zuckerberg, o poder de compartilhar das pessoas, está tornando o mundo mais transparente. Diante desse contexto, esse pensamento se manifesta por meio da superexposição nas redes sociais. Todavia, no século XXI, o compartilhamento exacerbado de informações em tempo real nas mídias sociais se mostra grave problema na saúde do indivíduo, agravado pela má influência midiática e pelo descaso familiar acerca desse assunto.
Neste sentido, é relevante ressaltar que segundo o filósofo francês Guy Debord, a incessante busca por reconhecimento nas mídias digitais compromete a privacidade dos usuários. Dessa maneira, esse comportamento faz com que as pessoas construam uma versão fictícia da realidade, favorecendo o aparecimento de problemas como baixa autoestima e ansiedade, cujos níveis podem aumentar progressivamente e ocasionar depressão, ou até mesmo suicídio. Dessa forma, a premissa colocada por Debord deve ser analisada com atenção, para assim, reverter essa situação e manter a saúde mental dos indivíduos.
Além disso, a negligência familiar é uma das principais razões para a intensa exposição digital, acarretando problemas críticos, especialmente para o bem-estar dos usuários. Zygmunt Bauman ressalta que as redes sociais oferecem experiências agradáveis, mas é crucial utilizá-las corretamente. Contudo, muitos indivíduos não recebem orientação sobre como usar essas plataformas adequadamente, o que afeta seu desenvolvimento psicológico. Assim, é fundamental considerar as observações de Bauman para prevenir as consequências negativas relacionadas a veiculação de informações intimas nas redes sociais.
Diante do exposto, os familiares, em parceria com gestores municipais, estaduais e federais, devem promover a conexão dos indivíduos com psicólogos e especialistas em segurança digital, por meio de palestras mensais e atividades extracurriculares, para que os usuários compreendam os riscos da superexposição nas redes e desenvolvam habilidades para gerenciar sua presença on-line de forma segura e saudável.