Constituição Federal de 1988, norma de maior hierarquia do sistema jurídico brasileiro assegura o direito e o bem-estar do corpo social. Entretanto, quando se observa o atual cenário brasileiro, sobretudo diz respeito à violência obstetrícia, percebe-se que tal valor constitucional fica somente na teoria. Dessa forma, a fim de mitigar isso passe necessário analisar as causas dessa problemática: a falta de conscientização e a negligência governamental.
Em primeiro plano, é preciso atentar para a falta de conscientização presente na questão. Nessa perspectiva "O ensaio sobre a cegueira" o escritor português José Saramago, trata da cegueira moral, muito perigosa, visto que leva o homem à indiferença e à ignorância dos fatos que o cercam. Para além da ficção, é possível perceber a mesma condição no que concerne a violência obstetrícia em debate no Brasil uma vez que a falta de conhecimento sobre a questão, faz com que muitas mulheres não percebam a violência que ocorreu a ela ou a pessoas próximas e, por isso, acabam não denunciando.
Outro sim, deve-se destacar que a negligência governamental acentua o problema ponto de acordo com Aristóteles, a base da sociedade é a justiça. Entretanto, o contexto brasileiro no século XXI contraria o filósofo na medida em que se registra como questão de injustiça a violência obstetrícia. Dessa forma é evidente que a falta de leis que punem severamente os responsáveis pela violência mencionada faz com que o problema continue persistindo no Brasil.
Logo, cabe ao ministério da Saúde -devido ao seu poder ativo na sociedade- elaborar leis que punem com multas e penas de reclusão pessoas que cometam tal delito. Além disso, devem se distribuir panfletos e banners que falem sobre a violência obstetrícia e incentive a população a denunciar dessa forma solucionar- se-ão tais adversidades que insistem em atentar contra o bem-estar e a dignidade humana.