Na série “Sob Pressão” é apresentada a situação dos hospitais públicos do Brasil, no qual os médicos precisam tratar muitos pacientes com uma precariedade de materiais disponíveis e superlotação de leitos. Nesse cenário, essa obra ficcional representa a realidade brasileira do Sistema Único de Saúde (SUS), que enfrenta inúmeros desafios para a manutenção de seus serviços. Tais dificuldades são evidenciados a partir do descaso governamental e da omissão por parte da população.
Diante disso, é evidente o constante descaso do Estado em relação a essa problemática. Nesse contexto, apesar de a Constituição Federal afirmar no Art. 196 que a saúde é um direito de todos e o dever do Estado é promover a redução do risco à doença. Tal regulamento, não é cumprido na realidade atual do Brasil, uma vez que a superlotação dos Sistemas Únicos de Saúde (SUS) é afirmada em locais de comunicação como o jornal O Globo. Dessa maneira, enquanto o Estado não efetivar a Constituição Federal como deve, o SUS continuará enfrentando problemas.
Ademais, a falta de mobilização da sociedade configura-se como fomentador. Sob essa ótica, o sociólogo, Zygmunt Bauman afirma que “A modernidade é o momento enque o indivíduo passa a ser o centro da existência”. Diante desse cenário, a maior parte da população do Brasil se preocupa mais com sua própria vida e ignora os problemas presentes no SUS. Logo, a grave falta de interesse e pressão da população mantém o entrave.
Portanto, medidas urgentes devem ser tomadas a fim de mitigar esse óbice. Para tanto, o Estado -responsável pelo bem-estar de todos- deve, por meio do Ministério da Saúde criar projetos de assistência ao SUS e projetos de criação de novas estruturas de saúde pública, com o fito de melhorar a qualidade de vida da população brasileira. Somente com essas ações, a situação demonstrada na série “Sob Pressão” será apenas ficção e não uma realidade vivenciada pela sociedade do Brasil.