A Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo sexto o direito à igualdade a todos. Desta forma tal prerrogativa não tem repercutido com tanta ênfase quando o assunto se trata sobre os desafios causados por influenciadores digitais. Nesse contexto deve-se analisar a negligência governamental em consonância com a mentalidade social.
Em primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater as crises causadas por influenciadores digitais. Nesse sentido, divulgações de sites de apostas tornou-se algo normal no cotidiano, seguidores fazem inúmeras apostas inconscientes esperando o lucro, mas a única coisa que acontece é uma quebra econômica. Essa conjuntura segundo as ideias do filósofo John Locke configura-se como uma violação do “contrato social” já que o estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de seus direitos.
Outrossim, destaca-se a mentalidade social como um agravante. Segundo Émile Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de pensar e de agir, dotada de generalidade, exterioridade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, pode-se encaixar a problemática na teoria do sociólogo, uma vez que, seguidores fazem compras compulsivas por indicações de blogueiros, muitos fazem a seguinte ação para se sentir “igual” aos influenciadores. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.
Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso é imprescindível que o governo, aja por meio intermédio de campanhas de conscientização e por uma rede de segurança maior em sites, isso fará com que muitas pessoas não caiam em golpes de forma tão recorrente. Assim, se consolidará uma sociedade mais tolerante onde o estado desempenha corretamente o seu “contrato social” tal como afirma John Locke.