O mito da Caverna, narrado por Platão, consiste em expor a situação de pessoas que vivem em desconhecimento da realidade. De modo semelhante, nota-se a necessidade de trazer à tona as consequências do uso excessivo de redes sociais, visto que muitos indivíduos não enxergam a intensidade do impasse. Nessa perspectiva, as falhas no sistema educacional e a negligência familiar contribuem para o agravamento da problemática.

Nesse contexto, é imperioso destacar que o sistema educacional falho colabora para a permanência do revés. Entretanto, consoante Immanuel Kant, "O homem é aquilo que a educação faz dele." Nesse viés, é válido mencionar que as instituições de ensino são falhas em promover a conscientização sobre os malefícios que as redes podem trazer, tendo em vista que esse assunto não costuma ser abordado no ambiente escolar, e que muitas instituições não possuem apoio psicossocial para o corpo estudantil. Sendo assim, é necessário haver uma mudança nesse cenário, já que se torna cada vez mais comum, pessoas com problemas físicos e mentais derivados do uso excessivo de redes.

Ademais, vale salientar que a negligência por parte da família dificulta a resolução desse problema. Nesse prisma, o filósofo estoico Sêneca aborta em sua obra "Sobre a brevidade da vida", a ideia de que a vida passa ligeiramente quando estamos viciados e alienados em algo. Nesse âmbito, é importante exemplificar que os responsáveis por crianças e adolescentes são falhos em educar os menores, visto que são negligentes em relação ao uso exagerado de tecnologias, principalmente de redes sociais. Desse modo, é imprescindível que esses familiares pratiquem ações para minimizar esse vício precoce.

Portanto, é fulcral medidas para combater esses entraves. Dessa maneira, cabe ao Ministério da Educação-responsável por executar e fiscalizar políticas educacionais no país- promover projetos no ambiente escolar, com fito de conscientizar e garantir apoio psicossocial, principalmente em relação ao uso excessivo de redes sociais. Além disso, o órgão familiar ou responsáveis- com função de educar e garantir o bem-estar dos membros- devem dar maior importância para essa temática, a fim de informar os mais jovens sobre possíveis ações prejudiciais, e promoverem fiscalização adequada sobre o uso de tecnologias. Logo, medidas como essas não só revisitarão essas consequências, como também, contribuirão para mitigá-las da sociedade brasileira contemporânea.