É evidente como a desigualdade na sociedade contemporânea representa um desafio para uma sociedade alienada e corrompida como a brasileira. Inicialmente, as causas são o acesso à educação deficitário e da administração ruim dos recursos públicos. Nesse contexto, ao analisar os fatores supracitados, percebe-se que a problemática, além de ser uma realidade, tende a potencializar e agravar a imoralidade inata.
De início, entende-se que o acesso à educação deficitário é um fator crucial para a existência do entrave na sociedade, por que existe muita desigualdade entre escola pública e particular. Segundo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensa. Segundo essa linha de pensamento, nota-se que o problema, lamentavelmente, já tornou-se cotidiano e a população habituou-se a ele. Assim, em virtude dessa alienação, a desigualdade persiste no corpo social.
Além disso, a administração ruim dos recursos públicos também dificulta a atenuação do impasse, em virtude, exclusivamente, a exclusão social dos cidadãos que utilizam redes públicas. Conjuntamente, é possível constatar, a partir da literatura machadiana, que o homem é visto como um ser corrompido e sem princípios, no qual é imoral frente aos obstáculos. Desse modo, ao enxergar a permanência da desigualdade, compreende-se, inegavelmente, a existência dessa conduta passiva e ineficaz praticada pelo cidadão brasileiro, já que ele inclina-se a ser insignificante.
Portanto, é evidente a necessidade de mitigação dos entraves em prol da diminuição da desigualdade. Assim cabe ao congresso nacional, mediante o aumento do percentual de investimento, o qual será proporcionado por uma alteração na lei de diretrizes orçamentárias, ampliar sistemas públicos melhores, por meio de palestras ministradas por profissionais especializados na área de infraestrutura de escolas e locais público, com o objetivo de melhorar a área da educação e saúde. Dessa forma, pode-se-á concretizar a "utopia" de Morus na sociedade brasileira.