George Orwell escreveu em seu livro “A Revolução dos Bichos”: “Todos são iguais, mas alguns são mais que os outros”. Pode-se fazer um panorama dessa citação com a questão do acesso desigual à cultura no Brasil, onde indivíduos de classes sociais mais elevadas possuem mais acesso do que pessoas de classe mais baixas. Portanto, deve-se analisar o que leva a esse impasse, como a desigualdade de renda e de acesso à tecnologia.
Nesse contexto, o conceito de indústria cultural, desenvolvida pelos sociólogos Adorno e Max, pode ser utilizado para ilustrar o acesso desigual à cultura no Brasil. Indústria cultural se refere à produção padronizada e em larga escala de bens culturais, como filmes, revistas e programas de rádios, onde pessoas de maior renda possuem maior acessibilidade para consumir esses bens, do que indivíduos marginalizados.
Outrossim, segundo Steve Jobs “A tecnologia move o mundo”. Certamente, a tecnologia é um meio de se propagar cultura, seja por meio das redes sociais ou canais de streaming. Porém, nem todos têm acesso aos meios digitais, como habitantes da zona rural, idosos e pessoas pobres. Sendo assim, muitos indivíduos acabam ficando fora dessa propagação cultural.
Portanto, é imprescindível que medidas sejam tomadas para que todos tenham acesso igualitário à cultura. Para isso, os canais de streaming devem aderir um preço mais acessível de sua mensalidade, para que todos tenham acesso aos novos lançamentos do cinema. Além disso, cabe ao governo a disponibilização de cursos gratuitos ensinando a utilizar a tecnologia, para que idosos e outros indivíduos possam aprender a utilizar os meios digitais. Ademais, o governo deve garantir que a tecnologia seja levada para as áreas rurais e marginalizadas, para que todos tenham acesso à propagação cultural.