""As veias abertas da América Latina” obra literária de Eduardo Galeano, é retratado a exploração dos recursos naturais e a opressão das populações originárias e negras durante a colonização no continente latino-americano, as quais foram desproporcionalmente afetadas por essa degradação ambiental. As críticas de Galeano perpetuam até os dias atuais, mesmo séculos após esse fato histórico, como é possível ser notado a partir do alto índice de brasileiros que sofrem com impactos do racismo ambiental causado pela soma de diversos fatores desde a colonização. Diante desse cenário, é fundamental analisar não somente a invisibilidade do problema como também a ineficiência governamental.
Sob essa perspectiva, é crucial que a escassez de debates acerca dos impactos do racismo ambiental no Brasil seja superada. A respeito disso, a filósofa Djamila Ribeiro defende que, para atuar em uma situação, deve-se, antes de tudo, tirá-lo da invisibilidade. Entretanto, o panorama nacional destoa do pensamento da autora, já que o alto índice de populações marginalizadas afetadas de forma desigual pelos impactos ambientais negativos não é enxergado pelo círculo social, de modo que discussões sobre essa questão não sejam priorizadas, em virtude do preconceito da cor predominante nessas áreas impactadas, e assim dificultando intervenções nesse problema. Então, essa nebulosidade precisa ser exposta para conscientizar a sociedade.
Outrossim, cabe enfatizar a negligência governamental como um dos principais fatores que proporcionam os impactos dessa discriminação ambiental no tecido social. Nessa concepção, pode-se citar o livro “Capitães de Areia”, de Jorge Amado, o qual mostra a vida marginalizada de um grupo de meninos em Salvador, evidenciando como o ambiente social afeta diferentes grupos étnicos de maneiras desiguais, destacando a influência do preconceito racial nessas práticas. Sob esse viés, por não investir suficientemente na implementação de projetos que fiscalizem e promovam assistência para as populações afetadas, o governo omite esse impasse do meio comunitário, deixando comunidades marginalizadas expostas a níveis desproporcionais de poluição e degradação ambiental, provocando problemas de saúde e até mais graves, como a morte, e permite, dessa forma, a continuidade desse infeliz cenário de iniquidades sociais.
Outrossim, cabe enfatizar a negligência governamental como um dos principais fatores que proporcionam os impactos dessa discriminação ambiental no tecido social. Nessa concepção, pode-se citar o livro “Capitães de Areia”, de Jorge Amado, o qual mostra a vida marginalizada de um grupo de meninos em Salvador, evidenciando como o ambiente social afeta diferentes grupos étnicos de maneiras desiguais, destacando a influência do preconceito racial nessas práticas. Sob esse viés, por não investir suficientemente na implementação de projetos que fiscalizem e promovam assistência para as populações afetadas, o governo omite esse impasse do meio comunitário, deixando comunidades marginalizadas expostas a níveis desproporcionais de poluição e degradação ambiental, provocando problemas de saúde e até mais graves, como a morte, e permite, dessa forma, a continuidade desse infeliz cenário de iniquidades sociais.
Portanto, o Estado deve tomar medidas de modo a solucionar o problema, para que narrativas como a do livro de Jorge Amado parem de se repetir na sociedade. Cabe ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial, que faça a criação de políticas públicas que levem em conta as desigualdades sociais e econômicas, a fim de garantir o acesso à moradia segura através do aproveitamento dos imóveis pertencentes ao Estado. Assim, acolhendo os cidadãos em locais de risco a fim de evitar novos desastres, com o intuito de acabar com os impactos causados pelo racismo ambiental no Brasil.